A primeira biblioteca escolar da minha vida tinha os livros guardados em estantes com portas envidraçadas. Normal, num país até há pouco fechado à informação. Mas as portas do armário podiam ser abertas e os livros libertos estavam ali, para nós.
A primeira biblioteca escolar da minha vida tinha cartazes com um grande «SILÊNCIO!» colados em algumas paredes. Normal, num país até há pouco silenciado. Mas o silêncio transformava-se sempre em trocas de ideias sobre as nossas leituras, muitas vezes sussurradas, outras vezes irreverentes, em laivos de entusiasmo.
A minha mais recente biblioteca escolar é um espaço aberto, onde livros e informação circulam livremente, é o espaço de discussão onde tudo se pode transformar em conhecimento. É a biblioteca que caminha para o futuro. E isso é tão bom!
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(Ana Margarida, docente, EB António Feijó)