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As bibliotecas que coordeno fazem parte da minha vida, são um pouco da minha alma… como um filho que se vê crescer todos os dias. Estas desenvolvem-se como as plantas, em dias de sol e de chuva, ou seja, dias em que agarramos as iniciativas com toda a garra do mundo e noutros em que fazemos um esforço de gigante para não embarcar no marasmo do sistema, na falta de motivação patente em tantos rostos. O que vale é que o arco-íris acaba sempre por aparecer no horizonte das bibliotecas, porque estas há muito que deixaram de se confinar às quatro paredes e levantaram voo rumo ao mundo (digital e não só). As bibliotecas têm alma… e a alma das bibliotecas são as pessoas que lá trabalham, que sonham os projetos e os concretizam com dedicação e suor. Em nenhum lugar do mundo as palavras ‘equipa’ e ‘articulação’ fazem mais sentido do que numa biblioteca. As bibliotecas são autênticos oásis nas escolas, trilhando caminhos de inovação e experimentalismo. São ainda portos de abrigo para certos alunos, que ali desabafam, riem, choram e se descobrem como pessoas. A razão de existir das bibliotecas são todos aqueles que já descobriram o prazer incomparável da leitura, mas também os que lhe resistem… porque o livro que faz a diferença ainda não lhes chegou às mãos, ainda não se enamorou deles e vice-versa. As bibliotecas escolares têm rostos, muitos rostos… dos que por aqui passam e se formam como leitores e dos que voltam para matar saudades e dar um abraço. É um regresso a casa!

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(Cláudia, professora bibliotecária, Agrupamento de Colmeias)

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