Como professora de Físico-Química não era, até vir para esta escola em 2003, utilizadora dos recursos das bibliotecas escolares das escolas por onde passei. Ou melhor, já era mas de forma totalmente diferente daquela em que hoje em dia sou. Sempre incentivei os meus alunos a fazerem trabalhos de pesquisa e sempre os direcionei para a biblioteca como local privilegiado de recolha de informação válida.
O que mudou?
Tudo partiu de alguns convites que a professora bibliotecária foi fazendo ao longo do tempo e que eu de maneira geral correspondia, mas o grande salto aconteceu quando me inscrevi numa ação de formação sobre bibliotecas escolares como recurso de aprendizagem. A partir dessa formação, o modo como encaro o recurso biblioteca mudou radicalmente. Se antes considerava que a ida às atividades promovidas pela biblioteca com os meus alunos era positiva mas "roubava tempo" ao cumprimento dos programas, hoje encaro como uma mais-valia e fonte de rendimento na velocidade de perceção de muitos conteúdos por parte dos alunos. A biblioteca já não é vista como um local para pesquisas e consultas ou para atividades "desgarradas", mas um complemento à minha prática letiva. Para os três anos de escolaridade que leciono, tenho, em parceria com a professora bibliotecária, atividades preparadas e que desenvolvo ano após ano com os meus alunos (eles gostam sempre se ir). Estas atividades permitem explorar conteúdos programáticos tais como o estudo do Universo, o som e a Tabela Periódica.
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(Maria do Céu, docente, Escola Básica de Mafra)