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De repente encontrei-me deitado, observando o reticulado estrelado do céu, tentando identificar Alpha Centauri, a terceira estrela mais brilhante do nosso céu. Enquanto sentia a humidade da relva (refrescante no calor da noite estival), recordei-me que esta estrela (que na verdade são três) apenas é visível no hemisfério sul. “Como vou traçar a rota se não a vejo”, pensei, antevendo a viagem próxima à procura de vida, quando...

“En garde!”

Assarapantado, levantei-me e, desembainhando a espada, consegui suster a estocada. “Só dois?”, gritei, enquanto uma voz feminina, cuja dona me avisara, permanecia sentada, a alva tez corada. Deitando o meliante ao chão, acabei com o combate e dirigi-me à donzela: “Não temais. Estes não mais vos incomodarão.”

Ouvi um chiar de travões. Um “cowboy”, de cara coberta por um lenço, apontou-me uma pistola e vociferou: “dá-me o teu cavalo, rápido”, enquanto os polícias o perseguiam. “Que fazemos agora?”, insinuou-se uma bela indígena, mostrando a mala a transbordar de notas.

Virei-me e corri para a Biblioteca. Agarrei num livro e chamei o professor de história para me acompanhar na luta contra os piratas que tentavam aprisionar as nossas naus e

 

Neste sonho a cavalgar

Pesquisando pelos livros

Estamos sempre a ganhar

Sem ter peneiras ou crivos

E alargando os horizontes

Sem barreiras ou degraus

Saciando nessas fontes

Atravessando nos vaus

Sabemos que vamos ser

Não importa o que aconteça

Melhor homem ou mulher

Por causa da biblioteca.

​

(António, diretor, Escola Básica Ferreira de Castro)

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