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Para a maioria dos alunos a biblioteca escolar é sinónimo de “marrões” ou até mesmo de dicionários para o teste de inglês. Para mim a biblioteca é a guardiã de milhões de mundos e oportunidades.

No meu primeiro ano fui apresentada às maravilhas pensadas pela equipa da biblioteca escolar na forma de um workshop de escrita criativa. Incontáveis aventuras. Depois só me lembro do quanto me diverti e melhorei. Graças a sessões de leitura, representação de personagens ou conferências de diversos temas, a biblioteca escolar esteve presente enquanto me tornava na melhor versão de mim mesma. O grupo de narração oral permitiu-me perder os nervos dos trabalhos orais enquanto o grupo de escrita criativa me desafiava a melhorar a minha escrita.

As bibliotecas não são imutáveis. Mudam com os seus utilizadores. E a minha biblioteca não é exceção. Os projetos que apadrinha são cada vez mais diversificados, abrangendo um leque de utilizadores com todo o tipo de qualidades que serão aperfeiçoadas e passadas entre colegas e amigos dentro daquelas quatro paredes. A verdade é que aquelas quatro paredes não são totalmente fixas. Estão vivas. Têm memória de risos, lágrimas e muitas asneiras ditas ao tentar acertar a postura e o timbre necessário a contar histórias, ler ou representar. São estas memórias que devem ser preservadas e multiplicadas. Esta é a alma de uma biblioteca. Os projetos. As equipas e os grupos. Os sorrisos. As lágrimas. A amizade. Tudo isto fica aprisionado nas paredes de uma biblioteca feliz.

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(Inês, aluna, Escola Secundária de Diogo de Gouveia)

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