Esfumam-se na memória as lembranças de bibliotecas escolares (quando as havia) do meu tempo de “menina e moça”: fechadas, soturnas, com os saberes envidraçados. E mesmo como professora ainda testemunhei espaços por vezes desinteressantes e periféricos nas dinâmicas escolares.
Mas a renovação iniciou-se há 20 anos com a RBE!
E tive a sorte de poder participar, em 1998, na transformação de uma biblioteca de 3.º ciclo e secundário conferindo-lhe meios para ser um espaço aberto, moderno, atrativo onde o conhecimento, a descoberta, a aprendizagem já não estava só nos livros … as novas tecnologias faziam o seu curso para chegar a (quase) todos.
Mais recentemente a montagem e coordenação de duas BE para crianças e alunos do Jardim-de-Infância e 1.º ciclo constituiu/ constitui um trabalho desafiante, que, sem deixar de atender à importância, nestas faixas etárias, da simples fruição da (audição da) leitura, da exploração da curiosidade e da imaginação, procurou/ procura proporcionar o desenvolvimento da autonomia, do pensamento crítico e da construção consciente de saberes.
E não há nada mais gratificante do que verificar como as BE são apropriadas e usufruídas autonomamente pelas crianças para as suas leituras, para as suas aprendizagens; como as BE são espaços de inclusão de todos, abertos a todos – à família, à comunidade – e espaços de colaboração e cooperação com educadores e professores para o sucesso educativo.
Mas estes sucessos são também os sucessos da RBE! Parabéns!
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(Magda, professora bibliotecária, AE Aquilino Ribeiro)