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No período conturbado da minha adolescência, cheio de ansiedade, temor e incerteza em relação ao futuro, a biblioteca escolar permitiu-me sonhar, alimentar a minha natural e persistente curiosidade sobre geografia, história, ciências e curiosidades do mundo. Mas, principalmente, a partir dos meus 12 anos, proporcionou-me meios para enriquecer o meu vocabulário, contactar com mundividências diferentes e ajudou-me a comunicar de forma mais fluente e segura, com os meus pares e pessoas de diversas origens e em diferentes situações. Oriunda de um meio sociofamiliar, economicamente, pouco favorecido e de pouca ou nenhuma educação formal, o acesso a livros emprestados, para leitura em sala e principalmente domiciliária, foi fundamental para que pudesse ombrear com colegas de meios mais favorecidos sem me sentir em desvantagem, linguística ou cultural.

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(Olinda, docente, EB23 Fernando Távora)

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