A reflexão sobre Álbuns gráficos para o desenvolvimento estaria incompleta caso não deixássemos aqui uma menção a dois outros projetos internacionais com livros que, não pertencendo à categoria do álbum gráfico, se enquadram em idêntico contexto e propósito, a saber:
Também na área da promoção da leitura e da escrita participativa e colaborativa, com o intuito de promover a aprendizagem informal e não-formal, devemos ainda uma menção ao movimento internacional de cultura livre (Free-culture movement) que promove a criação de conteúdos:
· Abertos ou livres de proteção de direitos de autor (OA - open acess), disponíveis para todos na internet e outras formas de media;
· Multilingues;
· Extensíveis, já que podem ser modificados e distribuídos sem consentimento dos criadores do trabalho original;
· Gratuitos ou livres de qualquer compensação.
Este é um movimento de resistência à lei de direitos de autor que os seus responsáveis consideram demasiado restritiva para o desenvolvimento do processo criativo na era do conhecimento. Por oposição à cultura do consentimento, esta comunidade defende uma cultura da permissão da troca e expansão de ideias.
Estão ligados a este movimento, entre outras, as seguintes comunidades:
· Wikimedia, cuja Fundação tem por lema, ”Imaginem um mundo em que cada ser humano possa livremente partilhar a soma de todos os conhecimentos” - a Wikipedia – a enciclopédia que todos podem editar encontra-se na sua origem;
· Creative Commons – Quando partilhamos, todos ganham (CC Portugal), no domínio das licenças de autor.
Face à diversidade da oferta de livros comerciais e conteúdos disponíveis na internet, bem como à coleção e meios ao seu alcance, cabe ao professor bibliotecário avaliar, decidir e propor, em função das necessidades e interesses dos seus leitores ou utilizadores, a oferta mais adequada a cada um, assegurando que ela preserva a qualidade do livro ou conteúdo e que garante o acesso à leitura.
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