1. Trabalhar os problemas
Fonte: J. Dillon. Informalscience.org. Retrieved from: https://www.informalscience.org/community/member-directory/justin-dillon
A biblioteca escolar apoia e desenvolve o “currículo escolar” (vs. currículo nacional, currículo local…) [1] trabalhando na resolução de problemas ou na abordagem de temas-problemas. São exemplos de problemas os seguintes:
- E se já não houver tempo/ não tivermos instrumentos para resolver a crise climática?
- Poderá a IA tornar o ser humano irrelevante?
- Deverão os países apoiar criminosos para tornar a sociedade mais segura?
- Pode a competição trazer vantagens à realização pessoal e ao bem-estar geral?
- Tenho mesmo que escolher entre segurança ou privacidade?
- Se mudar de sexo continuo a ser eu? [2]
Na atualidade, mais do que complexos, estes problemas são “maliciosos” (wicked problems) porque, mesmo que os tentemos resolver, eles transformam-se noutros problemas desconhecidos até ao presente: “Estes problemas não têm definição clara, não são finitos. Requerem um novo tipo de currículo e exigem liderança, políticas e várias partes a trabalhar em conjunto de forma interdisciplinar. A ciência não irá resolver estes problemas (J. Dillon, 2019, p. 18)” [3].
[1] RBE. (1996). Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares. Retirado de: https://www.rbe.mec.pt/np4/776.html
[2] As seguintes áreas podem dar-nos ferramentas para trabalhar no aprofundamento e alargamento destes problemas em contexto de biblioteca escolar:
- Filosofia com Crianças (M. Lipman);
- Literacia para o Futuro que reflete sob a perspetiva “E se…” (UNESCO. 2020. Humanistic futures of learning. Retrieved from: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000372577);
- Diálogo socrático.
[3] Dillon, J. (2018). O valor da ciência em contextos fora da escola na resolução de problemas complexos. In Oliveira, I, Lucas, S., Vargas, R. (Coord.). (2019). Mediação do conhecimento e cultura científica. Ciência Viva, pp. 15-29.
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